Vamos fazer um trato
Se minha ignorância de saber
Ofender qualquer um dos meus
Semelhantes.
Que me quebrem os dentes
E macerem com faca cega minha língua
E me deixem a míngua
Se eu machucar uma criança.
Que me seja apagado da memória
Qualquer traço de infância
Se eu magoar uma mulher,
Cometer qualquer desatino.
Que minha pele ganhe a textura de uma pedra
Pra nunca mais sentir a delícia de um corpo feminino.
Se eu ver um irmão caido,
Embriagado e vencido
E nem sequer rezar.
Que nunca mais liquido
Passe pela minha garganta
E que eu me sinta secar.
Se qualquer atitude pensamento ou decisão
For pautada pela cor da pele de qualquer irmão,
Que a minha seja arrancada.
Que eu a veja secar no curtume,
E que todos os dias pela manhã meu corpo sem pele seja salgado
Para que eu nunca me acostume
Poeta: Dill
Se minha ignorância de saber
Ofender qualquer um dos meus
Semelhantes.
Que me quebrem os dentes
E macerem com faca cega minha língua
E me deixem a míngua
Se eu machucar uma criança.
Que me seja apagado da memória
Qualquer traço de infância
Se eu magoar uma mulher,
Cometer qualquer desatino.
Que minha pele ganhe a textura de uma pedra
Pra nunca mais sentir a delícia de um corpo feminino.
Se eu ver um irmão caido,
Embriagado e vencido
E nem sequer rezar.
Que nunca mais liquido
Passe pela minha garganta
E que eu me sinta secar.
Se qualquer atitude pensamento ou decisão
For pautada pela cor da pele de qualquer irmão,
Que a minha seja arrancada.
Que eu a veja secar no curtume,
E que todos os dias pela manhã meu corpo sem pele seja salgado
Para que eu nunca me acostume
Poeta: Dill
Desconhecia o Sarau da Ademar, fiquei muito feliz em saber que as letras e a oralidade se espalham e plurificam perto da gente.
ResponderExcluirProssigam e parabéns, nosso povo precisa cada dia mais de pessoas como vocês =].
Aproveito para convidá-los
Dia: 11/Jul o Sarau do Povo (http://saraudopovo.blogspot.com)
em Diadema completará 2 anos, e desde já estão convidadissímos. Grande abraço do Zé